domingo, 31 de julho de 2011

Poema "A Escravidão" - Silvestre de Lima

Caríssimos amigos e aventureiros no desvelar da história das figuras interessantes da nossa Barretos... novidades curiosas sobre a biografia do Silvestre (fiquem atentos aos detalhes....), e, o famoso poema perdido por mais de um século...
Abaixo a transcrição das páginas 231 e 232, do Diccionário Bibliográfico de Sacramento Blake - Vol VII:

Silvestre Gomes de Lima

"Filho de Vicente Gomes de Lima e nascido em Ventania, Minas Geraes, a 31 de dezembro de 1859, fez na faculdade de medicina do Rio de Janeiro os dous primeiros annos do curso médico, mas não continou esse curso. Voltando a Minas, passou por um processo como cumplice num crime de assassinato. Foi um propagandista da abolição do elemento escravo, publicou trabalhos em alguns jornaes e escreveu:
 - A escravidão: poema. Rio de Janeiro, 1880, in-8º. São deste poema os seguintes versos:

                           O lar é o paraíso

Para aquelles que teem o grande sol do amor
Dourando eternamente o val do coração.
Que desgostos, ou trabalho, ou magua, ou pena, ou dor
Poderá resistir a douda tentação
De uma criança ideal, angelica, serena
Que nos beija ao chegar, com fervida effusão?
E ao filhinho juntae a uma mulher morena.

                          Doce como o luar,

Que nos falle de amor tão mansa como Christo
E eu vos perguntarei si depois de tudo isso,
Por acaso haverá crueis, pezar por mais profundo
Que num peito viril possam inda restar!


- Silvestre de Lima publicou muitas poesis em jornaes e tem outras ineditas. Collaborou para a America, o Combate e a Gazeta de Noticias do Rio de Janeiro e fez parte da redação das seguintes folhas:

- Gazeta da Tarde. Rio de janeiro, 1881, in-fol.
- O Binoculo. Rio de Janeiro, 1881, in-fol.
- O Mequetrefe. Rio de Janeiro, 1880 - 1881, in-4º.-Redige
- O Sertanejo. Cidade de Barretos S. Paulo, 1900 - 1901.
"

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