segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Outros olhares


Diferentes olhares sobre a diversidade de detalhes que compõem a arquitetura do belíssimo prédio que abriga o Museu.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

CEBOLÃO


O cebolão foi um relógio de bolso muito utilizado pelos nossos antepassados, estima-se que por volta de 1908, a pedido de Santos Dumont, o "pai da aviação", o primeiro relógio de pulso tenha sido produzido.
Sabe-se que ele encontrava certa dificuldade em marcar o tempo de suas experiências “voadoras”, assim, encomenda ao amigo da empresa Cartier a criação de um relógio de pulso para facilitar a marcação do tempo. Ou seja, o modelo que na época causou estranheza aos nossos bisavós, hoje, é o modelo mais popular.
A facilidade em consultar as horas no relógio de pulso conquistou a nossa sociedade, e o que era tradição até o início do século XX, pode causar estranheza para alguns de nós na atualidade. Afinal, encontrar alguém com um relógio de algibeira é bastante incomum na contemporaneidade.
Se quiserem ler mais sobre o assunto sugiro:


sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Sobre o aprisionamento das palavras e dos sons...


Fechem os olhos e imaginem a seguinte cena:
É dia de Festa!
Uma sala ricamente decorada, cheia de pessoas alegres e bem vestidas, curiosas, olhinhos e ouvidos atentos a caixinha de madeira que acionada manualmente, emite som através de uma corneta.
Parece mágica, não?
Trata-se de um retrato de uma época. Mas, não se encerra nela. Por ela perpassa o início da indústria do disco, que evoluiu e hoje, chega até nós em formato de CD.
O homem, por ser mortal, sempre procurou formas para se perpetuar. Para a alma, encontrou a religião. Já quanto ao corpo e à experiência humana, restam-lhe a arte, a música, a literatura, a dança, o teatro, o cinema e a fotografia.
Com a gravação do som, o homem rompe o casulo e voa livre...deixa sua história, suas experiências por gerações!
Esta raridade, o GRAMOFONE da foto, foi doada ao Museu pelo ex-prefeito João Batista da Rocha.
O gramofone foi inventado em 1877, e começou a ser substituído a partir de 1920 pelo motor elétrico.

INFORMAÇÕES ADICIONAIS EM: http://acervodomuseu.blogspot.com/

A TELEFONISTA

No início do século XX, as mulheres se estabelecem no mercado de trabalho. Inicialmente em espaços fechados, acreditava-se que em espaços fechados as mulheres estavam protegidas de todos os perigos e influências negativas provocadas pela vida moderna, isso inclui as tentações. Os primeiros espaços foram as salas de aula, afinal, as mulheres tinham habilidades para cuidar de crianças, depois vieram as fábricas, especialmente de tecelagem e fiação. Do trabalho para a casa, as mulheres foram conquistando o espaço público. Assim, o universo de trabalho destinado ao público feminino foi se ampliando até chegar a profissão de telefonista, afinal apesar de conversarem com estranhos, elas continuavam protegidas e distantes dos seus interlocutores.
A profissão foi dominada pelas mulheres, que recebiam instruções sobre como manipular os equipamentos, ética, tom de voz e seleção de palavras que deveriam ser utilizadas na conversação. Algumas revistas da época chegaram a escrever que o monopólio feminino na profissão dava-se em virtude de sua característica tagarela. Deixando os comentários jocosos de lado, sabe-se que o telefone tornou a vida mais fácil, as informações, as notícias ganharam rapidez. Antes as notícias de um parente distante chegavam por carta ou telegrama. O telefone transformou as comunicações, deixo-as mais humanas, apesar do aparelho. Falar com alguém distante ou ouvir a sua voz era, é, e continuará sendo, motivo de alegria.
A partir do sistema automático, implantado em 1928, na cidade de São Paulo, as telefonistas passaram a ser dispensáveis, afinal, os serviços delas não eram mais imprescindíveis, mesmo assim elas continuaram trabalhando por um bom tempo, pois
as pessoas demoraram a se habituar a fazer ligações sozinhas.

Referências:

Alô, alô!

Aparelho Telefônico de 1910(acervo).
Definição: aparelho que permite a comunicação verbal a distância.



- Alô!
- Eu gostaria de falar com o "fulano".
- Um momento, por favor.
- ......... (minutos + minutos)
E aí, já pararam para pensar como era fazer uma ligação?
Demorava um tempão, você precisava pedir para a telefonista, esta era a profissional encarregada de fazer as ligações, ou seja, sabia de tudo, e ainda dizem que a mulher é fofoqueira....se fosse não seria
contratada. Aliás, vocês sabem que esta foi uma das primeiras profissões abraçadas pelas mulheres? sabem por quê? isto fica para a próxima...hehe
Vale lembrar que os primeiros aparelhos chegaram no Brasil por intermédio de D. Pedro II.

O mundo era assim...

Máquina fotográfica, conhecida como lambe-lambe, presente no Brasil a partir do século XIX. (acervo)
Ai que saudade que dá... de um tempo que eu não vivi!
Olhar essas máquinas e pensar na alegria das famílias...eu fico imaginando: uma tarde de domingo, os pais e os filhos vestindo suas melhores roupas para irem ao jardim para a tão desejada foto, a realização de um sonho "registrar/congelar um momento em família"... a novidade, o momento...
saudade de um tempo, saudade da tranquilidade de um jardim numa tarde de domingo...saudade de um profissional "lambe-lambe", hoje, em extinção por conta da nossa pressa, da nossa urgência... e eu pergunto, por quê?
Será que a nossa sociedade não poderia preservar o charme desse profissional? Será que a emoção de ser fotografado por um profissional "lambe-lambe" não justificaria o seu resgate? Será que nossas praças e jardins não seriam mais agradáveis? será....será....?
Hoje, a foto se popularizou, o desenvolvimento tecnológico trouxe muitas facilidades, todos nós somos fotógrafos, as máquinas digitais permitem que tiremos dezenas de fotos, elas são rápidas, fugazes... tiramos foto de tudo, o momento para a foto não exige grandes produções, mas ... ai que saudade que dá!

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

E a cobra fumou!


Eis que Getúlio Vargas dizia:
É mais fácil uma cobra fumar que o Brasil entrar na 2ª.Guerra Mundial.
O resultado conhecemos bem!
o Museu possui em seu acervo alguns objetos utilizados em combate por bravos barretenses.
A cobra fumando foi o símbolo adotado pela Força Expedicionária Brasileira - FEB.


capacete alemão.

O mundo era assim...


cadeira de dentista ambulante do século XIX.
Cadeira utilizada até 1895 (acervo).
É, muita coisa mudou.
E pensar que era o dentista que vinha até nós, mas, olhando para a cadeira não é difícil imaginar como nossos bisavós sofreram...
Incrível como nos acostumamos com as comodidades, hoje, temos até anestesia.

A HISTÓRIA DO RETRATO NO BRASIL

No Brasil, a história do retrato começa no século XIX, depois da chegada de D. João VI ao Rio de Janeiro. Em São Paulo os barões do café, ao encomendarem seus retratos, queriam visível a posição social que haviam conquistado. O retrato do homem ficava na sala de visitas.
Já na virada do século XX, com a europeização da nossa sociedade, era a dona da casa, com seu traje elegante, quem enfeitava o ambiente. O retrato masculino, agora relegado aos escritórios, repartições e instituições, destinou-se ao registro das personalidades políticas.
Nos retratos masculinos, o modelo adotava pose elegante, sentado em alguma poltrona, as pernas cruzadas e o olhar fixo, o que lhe dava uma feição séria e grande autoridade. O traje, geralmente escuro, manifestava status.Também era hábito representar a figura de corpo inteiro e até mesmo em seu tamanho natural.
Por meio dos retratos podemos avaliar as qualidades artísticas do pintor, estudar a sociedade a que o retratado pertence, o papel que nela representa, enfim descobrir elementos que nos ajudam a compreender o modo como essa sociedade se desenvolveu através dos tempos.
Para nossos artistas, fazer retratos tornou-se um meio importante de sobrevivência. Com o tempo, quase toda casa burguesa fazia questão de colocar em sua sala de almoço uma natureza-morta e, na sala de visitas, um retrato. Quando não podiam pagar o preço de um quadro a óleo, satisfaziam-se com um retrato feito a crayon.
Muitos artistas os pintaram, mesmo quando não era esta a sua vocação. Pedro Alexandrino (1864-1942), especializado em natureza-morta, não deixava de aceitar encomendas de retratos, embora jamais fizesse uma obra da qual não pudesse se orgulhar. Almeida Jr. (1850-1899), ao contrário, admitiu que fizera retratos que não mereciam a sua assinatura, mas precisava viver, por isso os pintara. Oscar Pereira da Silva (1867-1939), outro retratista de destaque, saía-se bem neste gênero, obtendo o máximo de semelhança com o modelo.As gerações de artistas que se seguiram não abandonaram o trabalho de fazer retratos. Alguns, como Paulo do Valle Jr. (1889-1958), Campão (1891-1960) e Lopes de Leão (1889-1964) também se tornaram muito conhecidos.
No começo do século XX foi grande o número de pintores estrangeiros, especialmente italianos, radicados no Brasil. Além de se dedicarem à pintura da paisagem, foram professores dos novos pintores que surgiam e fizeram excelentes retratos. Os mais famosos, na época, foram Carlo de Servi e Pietro Strina. Um grande número desses pintores viajantes realizou exposições de quadros de gêneros, paisagens e retratos.
Muitos deles permaneciam por tempos entre nós, para executar encomendas que, quase sempre, eram de retratos. Assim, Angelo Cantú veio ao Brasil pela primeira vez em 1913, tornou-se conhecido, voltou várias vezes. Fez o retrato de Freitas Vale e do amigo Pedro Alexandrino.O espanhol Agostim Salinas chegou em 1910, trazendo quadros seus e de seu irmão Pablo.
Eram quase sempre cenas de costumes. Voltou mais cinco vezes, tão apreciadas que foram as suas pinturas e os retratos que aqui executou. Muitos franceses também nos visitaram. Gabriel Biessy e Henry Royer, este último professor de Paulo do Valle Jr. e de Campão. Em 1928 viria Cyprian Boulet.
Esses estrangeiros abocanhavam grande parte das encomendas de retratos, para desgosto dos pintores da terra, que se revoltavam contra o preconceito que existia pelo seu trabalho e pela preferência por tudo que era de fora. Esta foi a razão por que muitos de nossos pintores fizeram os maiores esforços para estudar no exterior. Depois voltavam, pintando como um francês ou italiano.
Texto extraído do portal do Governo do Estado de São Paulo, disponível em:

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

FUNDAÇÃO CASA VISITA O MUSEU

É com alegria que receberemos no Museu mais uma turma de jovens da Fundação Casa. No último dia 28, recebemos 05 jovens simpáticos, educados e participativos que nos impressionaram bastante. Esperamos repetir a dose no dia de hoje.